sábado, 31 de janeiro de 2009

Pilote & Divirta-se

Uma esposa fez a seguinte anotação no seu diário: “Ontem, meu marido estava agindo estranhamente. Estive fazendo compras com umas amigas e pensei que ele tivesse ficado aborrecido por eu ter demorado, mas êle não fez nenhum comentário. Ele não falava nada, daí eu sugerí que fossemos a algum lugar tranquilo, onde pudéssemos conversar a dois. Ele concordou, mas não disse muito mais. Eu perguntei o que havia e ele só respondeu, “Nada”. Eu perguntei se eu tinha feito alguma coisa para contrariá-lo. Ele respondeu que não estava aborrecido, que não havia nada de errado comigo e que eu não me preocupasse. De volta para casa, eu disse que o amava. Ele sorriu e continuou a dirigir. Não entendo o seu comportamento. Não entendo por que ele não disse “Eu também te amo.” Quando chegamos em casa sentí que o estava perdendo, como se ele não quizesse mais nada comigo. Ele só sentou em frente à TV e ficou assistindo, distante e ausente. Finalmente, com o silêncio que se abateu sobre nós, eu decidí ir dormir. Uns 15 minutos depois, ele veio para a cama, também. Para minha surpresa, ele correspondeu aos meus carinhos e nós fizemos amor. Mas continuo achando que ele estava distraído e seus pensamentos estavam em outro lugar. Ele dormiu e eu chorei. Não sei mais o que fazer. Estou quase certa que os pensamentos dele estavam com outra pessoa. Minha vida é um desastre.” Naquele mesmo dia o marido anotou no seu diário: “Minha Harley não ‘pegou’, ontem, por mais que eu tentasse. Mas pelo menos tive uma noite agradável com minha esposa.” Recebí esta piada de um amigo dos Estados Unidos. No universo de nossas vidas, um problema mecânico na motocicleta não deveria ser um grande problema, mas é difícil para nós nos lembrarmos disso, pela paixão que devotamos às nossas máquinas. E isto acontece, também, com outros interesses parecidos: barcos, carros, bicicletas, aeromodelos, etc. No nosso caso específico, gostamos de pilotar e a motocicleta em plenas condições de uso, com segurança, é fundamental para nossas vidas. Pilotar deve ser, sempre, um divertimento, uma coisa agradável. Para aqueles que pertencem a um Moto Clube, Moto Grupo ou faz da pilotagem de motocicletas sua profissão, motociclismo pode transformar-se em algo muito maior, em suas vidas. Para aqueles, como nós, que tem no motociclismo uma forma de curtir a natureza, fazer passeios e viagens por divertimento, convivendo com os amigos, motociclismo tem outra conotação de puro entretenimento. Mas qualquer que seja sua tribo, o lema deve ser sempre: Pilote & Divirta-se. Já temos muitas preocupações e problemas, na nossa vida, que nos estressam. Pilotar não deve ser uma delas. Eu procuro evitar as armadilhas que se colocam no nosso caminho, sempre que se participa de uma atividade envolvendo outras pessoas: politicagem, “prima donas”, enfrentamentos de egos, etc. O respeito mútuo, o conceito básico do PHD, por exemplo, de que cada um tem o direito de fazer aquilo que lhe apetece (desde que não prejudique os outros), foi eternizado na famosa expressão do PHD Assis, “Quem quer tomar banho, toma. Quem não quer, não toma.” Este é o rumo que coloco como meu “norte”, sempre que vou curtir a minha Harley, com meus amigos. Afinal, a maioria de nós tem no motociclismo uma forma de relaxar as tensões do dia-a-dia, de conviver com pessoas agradáveis que compartilham o mesmo interesse. Assim, o importante é: Pilote & Divirta-se.