quarta-feira, 30 de abril de 2014

Tribunal Determina Redução do Pedágio na BR-101


O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o pedágio na BR-101, entre Curitiba e Florianópolis (Palhoça) seja imediatamente reduzido em 15%.

A decisão é resultado da auditoria conduzida pelo TCU no contrato de concessão da rodovia, assinado entre a Autopista Litoral Sul e a Agência Nacional de Tranportes Terrestres (ANTT) em 2008.

Panorama constante na BR-101, no verão e em qualquer feriado longo.
O Tribunal verificou atraso em obras, prorrogação de prazos sem justificativas e reajustes indevidos nos valores do pedágio.

O TCU fará a notificação à ANTT, que tem um prazo de 90 dias (absurdo!) para cumprir a determinação judicial.

A ANTT é responsável por fazer a Autopista Litoral Sul cumprir a decisão e reduzir o valor das tarifas de pedágio. Com isto o pedágio para automóveis, recentemente aumentado para R$1,80, poderá ser reduzido para R$1,50 em cada praça de cobrança.

O TCU também determinou que a ANTT exiga da concessionária, em um prazo de  no máximo 120 dias, um estudo de capacidade da rodovia e que aponte soluções para os engarrafamentos dos pontos mais críticos. Além disso, o TCU determina que a Autopista Litoral Sul apresente relatórios de planejamento detalhados para a ANTT sbore as obras que devem ser executadas e que os fiscais da Agência acompanhem os serviços durante todo o ano.

Praças de pedágio - eficientes na cobrança indevida.

Será que  ninguém fez o favor de informar à ANTT quais são suas funções, antes?

Parece que não, pois passados mais de cinco anos da concessão, a Autopista Litorial Sul não executou nenhuma das obras mais importantes previstas no contrato, inclusive e mais prioritária, o contorno viário da Grande Florianópolis. Esta obra, prevista contratualmente para estar pronta em 2012, nem teve início.

Contorno viário da Grande Florianópolis. Não saiu do papel.

A decisão do TCU — acórdão número 1043/2014 — é a última etapa do processo 005.534, iniciado em 2011.

De acordo com o TCU, já havia uma decisão tomada em 2012, mas que foi motivo de pedido de reexame pela concessionária e , pasmem, pela ANTT. O Tribunal levou em conta os argumentos apresentados e tomou sua decisão, que já não cabe recurso.

Ou seja, os usuários da rodovia estão pagando um pedágio para que a concessionária execute um trabalho que não faz e que a ANTT não fiscaliza.

A Autopista não cumpre sua parte no contrato, a ANTT nada faz e é preciso que um processo seja iniciado pelo Ministério Público, chegue até ao TCU e uma decisão judicial seja tomada para que o contrato firmado  — e que a ANTT tem a obrigação de fiscalizar  — seja cumprido.

A história é longa e já foi várias vezes tratadas neste blog, como pode ser visto nas seguintes postagens:



Até quando nosso país continuará na dependência de orgãos federais que não atuam, apesar da enorme carga tributária paga pelos cidadãos brasileiros?

terça-feira, 29 de abril de 2014

Harley-Davidson Riding Academy



Depois de haver treinado mais de 350.000 novos pilotos desde o início de suas operações em 2000, a Harley-Davidson Riding Academy finalmente decidiu dar um salto e partir para a área internacional. 

Além da rede de treinamento disponível nos EUA, a Academia de Pilotagem da Harley-Davidson expandirá suas operações para o México, China e África do Sul, provavelmente o primeiro passo para implantar o treinamento em todo o mundo.

Aluna recebendo instrução no estande estático.

Ninguém nasce sabendo. É preciso aprender!

O programa vai utilizar as novas Street 500, que a Harley-Davidson considera a melhor motocicleta de entrada para novos motociclistas. Os cursos prestados pelos concessionários Harley-Davidson são aprovados pela Motorcycle Safety Foudation (MSF), a maior e mais conceituada entidade de desenvolvimento de segurança sobre duas rodas.

Harley-Davidson Street 500, equipada com protetores laterais.
Os cursos ministrados pela Academia de Pilotagem Harley-Davidson são uma combinação de aulas teóricas e treinamento na pista, com um mínimo de 20 horas e no máximo 6 estudantes por instrutor.

Não há informação se e quando a Academia iniciará suas operações no Brasil.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Programa de Índio


Leio no Diário Catarinense a seguinte notícia:

"Depois de ouvir a comunidade indígena e ter a garantia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) de que as exigências de adequação ao projeto seriam atendidas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) disse sim ao início das obras de uma quarta faixa no trecho de Morro dos Cavalos. O alargamento da rodovia será entre os quilômetros 232 e 235 da BR-101, em Palhoça. O DNIT aguardava por esse aval para dar sequência aos trâmites da obra.

O acordo foi selado após uma reunião na aldeia e teve o Ministério da Justiça como testemunha. Para que seja oficializado o acerto, no entanto, o DNIT precisa encaminhar documento formal para a Funai até quarta-feira com os adendos ao projeto.

O acordo põe fim a um impasse que se arrastava há meses, quando foi lançada a proposta da quarta faixa. A pista adicional é uma medida paliativa até a construção dos dois túneis que fazem parte do projeto de duplicação da rodovia. A faixa extra, depois de pronta, vai dar mais vazão ao trânsito em um dos piores pontos de congestionamento da BR-101.

As filas devem ser ainda maiores durante os trabalhos de construção dos túneis. A anuência da Funai é necessária para as duas obras porque o trecho da região do Morro dos Cavalos atravessa uma reserva onde vivem cerca de 200 índios.

A BR-101 é a principal via de ligação entre o Sul e o Sudeste do Brasil. Por ela passam milhares de carros e caminhões diariamente."

Congestionamento constante no Morro dos Cavalos, BR-101 em Palhoça, SC
A rodovia foi duplicada no trecho de 312 km, entre Curitiba, PR e Palhoça, SC, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ficaram faltando 252 km entre Palhoça e a divisa com o Rio Grande do Sul.

Passados 11 anos, a rodovia ainda não está totalmente duplicada.

Trecho da BR-101 em Santa Catarina, duplicada no governo FHC.
Esta aldeia indígena, com 200 pessoas, vai exigir a construção de dois túneis, que demorarão 3 anos para serem construídos segundo o DNIT. Na eficiência do governo, provavelmente vai levar uns 6 anos para ficar pronto.

Centenas de milhões de reais serão gastos na construção e no prejuízo causado ao trânsito pela BR-101, por causa disto!

200 pessoas! Será que não poderiam relocar estas pessoas? 
Nada contra os nativos brasileiros. Mas que é um absurdo, isto é.

domingo, 27 de abril de 2014

Meninos, Eu Ví!


Acabo de regressar de uma visita de 15 dias ao meu filho e sua família, em Niterói, depois de quase 4 meses sem ir à região.

Cada vez que retorno da região metropolitana do Rio de Janeiro, venho mais apavorado com o que vejo.

As notícias que lemos, diáriamente, sobre o que está acontecendo lá, são terríveis. Por sí só já seriam suficientes para que eu mantivesse uma distância considerável de lá.
Mas os laços de sangue são mais fortes e sinto a necessidade de visitar a família (além do meu filho e netos, moram em Niterói minha irmã e uma sobrinha).

No curto espaço de duas semanas, passamos por algumas experiências bem desagradáveis que, por felicidade, não tiveram consequências maiores além do susto.

Primeiro Episódio

A primeira foi logo no sábado, 12/4, antes da semana santa. Eu fui ao Rio, no bairro de Botafogo, visitar um casal de amigos e conhecer sua linda filha, recém nascida.
Quando nos preparávamos para sair, por volta ds 16:00 horas, o meu amigo sugeriu usar o Túnel Rebouças como acesso mais rápido à Ponte Rio-Niterói. Já havia alguns anos que eu não transitava por este túnel, mas imaginei que saberia como encontrar o acesso à ponte, por lá.

Lêdo engano: na saída do túnel, no elevado da Paulo de Frontin, não existe nenhuma sinalização indicando o acesso a Niterói, Região dos Lagos ou à Ponte. Nada. Fui seguindo pelo elevado, que se transformou em outro e acabei na Linha Vermelha, em direção ao Aeroporto do Galeão.

Imaginei que poderia retornar pelo mesmo caminho mas, outra vez, a falta de sinalização acabou por levar-me para uma região de comunidades (expressão politicamente correta para referir-se às 1.071 favelas da cidade), próxima ao Instituto Oswaldo Cruz. Realmente de amendrontar. Parecia que estava em outro país. Motocicletas passavam por mim, com pessoas sem capacete, pilotando de sandálias, carros muito velhos, sem faróis, sem parachoques, uma loucura.

Fiquei bastante preocupado e não via saída, até que notei duas viaturas do Corpo de Fuzileiros Navais, pelo retrovisor. As viaturas me pareceram ser o AM2 (Agrale Marruá, de 1/2 tonelada). Cada uma delas tinham 5 militares a bordo, três deles em pé na parte traseira do veículo, com fuzis M16 A2, apontando para várias direções. Dei passagem para as viaturas e fui atrás delas, que para minha sorte estavam indo em direção à Av. Brasil, por onde acessei a Ponte e segui para Niterói. A experiência foi bastante desagradável.

Segundo Episódio

Minha nora levou meu neto mais velho para a escola e passou no mercado próximo, para comprar algumas coisas que precisava para casa. Estava na calçada quando dois indivíduos em uma motocicleta, passaram por ela, perseguidos por uma viatura da Polícia Militar. O carona da motocicleta atirava contra  viatura da PM, que não revidou os tiros. Foram vários tiros. Por sorte, nada aconteceu à ela ou às pessoas que estavam próximo.

Terceiro Episódio

Na quarta-feira, 23/4, era feriado em Niterói (e no Rio) por ser dia de São Jorge. Eu e a Rô haviamos ido a Icaraí tomar um café no Starbucks e despedirmos da minha sobrinha e de seu filho, que moram perto.
Durante o tempo em que estávamos lá soubemos do tiroteio entre duas gangues rivais, no centro de Niterói, que provocou inclusive o fechamento do maior shopping da cidade.

Uma hora mais tarde, regressávamos para a casa do meu filho. Ao passarmos pela Av. Presidente Roosevelt, na praia de São Francisco, fomos ultrapassados por duas viaturas do CORE, um grupo de elite da Polícia Civil. Logo depois que nos ultrapassaram, a viatura que estava na frente acendeu as luzes no teto do veículo e deram uma "fechada" em um automóvel, obrigando-o a parar. Imediatamente vários policiais saíram das viaturas, empunhando fuzis, enquanto mais duas viaturas também se aproximavam.

Por sorte, eu estava na esquina de uma rua transversal e pude abandonar o local imediatamente, antes que o tiroteio começasse.

Seguimos para a casa do meu filho, onde chegamos inteiros, mas apreensivos com o que tínhamos assistido.

Eu morei em Niterói durante 21 anos (1974-1995). A Cidade Sorriso, como era chamada, era um lugar magnífico para se morar. Boas escolas, bom comércio, bons hospitais. Um lugar para viver e criar os seus filhos com tranquilidade. Não é mais.

Niterói, hoje, é o lugar para onde os bandidos que dominam as favelas do Rio fogem, quando os militares ocupam suas áreas de atuação. Daí, os bandidos - muitos - que já habitam os morros de Niterói, os enfrentam, na luta pelo território. As Polícias Militar e Civil, sempre mal equipadas, mal remuneradas, mal treinadas, sem motivação e - infelizmente - repleta de de membros corruptos, não tem como enfrentá-los.

É uma guerra civil não reconhecida. Mas é uma guerra civil, uma guerra de guerrilha. Os bandidos atuam como guerrilheiros, sem uniforme ou identificação, muitas vezes acobertados pelas ONGs, pela OAB, pela mídia que sempre está contra a polícia, pelas pessoas que preferem acreditar que a polícia é ruim e criminosa e os bandidos inocentes cidadãos.

Definitivamente a única opção que resta, pelo menos para mim, é ir cada vez menos a Niterói. E, quando for, ficar dentro da casa do meu filho, curtindo sua companhia e a companhia dos meus netos.

Não tenho nenhuma vontade de sair para passear pelos lugares tão belos que constituem a geografia da região. Não por covardia. Mas como não posso nem carregar uma arma de pequeno calibre para minha defesa pessoal - graças ao governo que nos desarmou - não tenho intenção de virar mais um número na estatística tenebrosa dos mortos por balas perdidas ou assassinados pela bandidagem.

Triste realidade do país que foi, um dia, do futuro.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Wild Hogs - O filme


Ontem assisti, mais uma vez, o filme Wild Hogs (com o título em português Motoqueiros Selvagens),  juntamente com meu filho e neto.


O filme de 2007, um pouco de comédia mesclada com um divertido drama leve, conta com o talento de John Travolta, Tim Allen, Martin Lawrence, William H. Macy, Ray Liotta e Marisa Tomei, entre outros, além de uma participação especial de Peter Fonda.

Esta versão, em Alta Definição e assistida numa tv de 60", foi talvez a oitava vez que assisti o filme. Como sempre, foi muito divertido.

Alguns detalhes sobre o filme, que achei interessante:

1 - A Harley-Davidson forneceu as motocicletas para os principais personagens do filme, que foram:
  • FXSTS Springer Softail para Bobby, interpretado por Martin Lawrence.
  • XL1200C Sportster Custom para Dudley, personagem de William H. Macy.
  • Black Fatboy com a roda dianteira cromada para Doug, vivido por Tim Allen.
  • Screamin' Eagle Fatboy para Woody, personagem de John Travolta.
Bobby, Doug, Woody e Duddley, na cena de abertura do filme.

2 - Muitas das motocicletas usadas pelo grupo Del Fuego eram customizadas. A moto usada por Jack (interpretado por Ray Liotta) foi customizada pela Orange County Chopper, a empresa de Paul Teutul Sr., com projeto do seu filho, Paul Teutul Jr. Eles fazem uma pequena ponta no filme.

Os "bad boys", interpretados por M.C. Gayney,  Kevin Durand e Ray Liotta. 
3 - O ator Tim Allen, conhecido projetista de automóveis e motociclista veterano, fez as recomendações para a motocicleta usada por seu personagem, que foi a mais customizada das motos originais.

4 - William H. Macy, o Dudley, aprendeu a pilotar para fazer o filme. Depois de completada a filmagem, tornou-se um dedicado Harleyro.

5 - A atriz Jill Hennessy, que interpreta a esposa do ator Tim Alley no filme, é uma veterana motociclista e proprietária de várias motocicletas Harley-Davidson.

O filme é ambientado em Cleveland, Ohio, mas foi filmado nos subúrbios de Alburquerque, New Mexico.

As cenas na pequena cidade foram feitas em Madrid, New Mexico, uma pequena comunidade de 290 habitantes, na área metropolitana de Santa Fé, New Mexico.

O restaurante da personagem Maggie, interpretado por Marisa Tomei.
O filme teve seu lançamento mundial em 2 de Março de 2007, no teatro da Central Florida College, a universidade de Ocala, Flórida, onde morei por muitos anos e cidade onde reside o ator John Travolta.

Coincidentemente eu estava lá, visitando amigos e ex-vizinhos e participando da Daytona Bike Week de 2007. Não conseguí comprar entrada para o lançamento (US$200 - mas teria valido a pena), em benefício de uma instituição de caridade local.

Para mim, um dos filmes mais divertidos sobre motocicletas Harley-Davidson que já assisti. 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Ultra Limited 2014 - Problemas no sistema de refrigeração


Tenho recebido várias mensagens de Harleyros, comentando um problema no sistema de arrefecimento à líquido na Harley-Davidson Ultra Limited 2014.

Eu já sabia do problema, pois recebí uma ligação da Floripa Harley-Davidson sobre o assunto.

Uma válvula solenóide do sistema de refrigeração foi fabricada com o diâmetro do tubo de passagem menor do que o necessário, criando um pressão inadequada que causa o vazamento do líquido de arrefecimento.

Mas o que é uma válvuma solenóide e para que serve?

A válvula solenóide possui uma bobina que é formada por um fio enrolado através de um cilindro. Quando uma corrente elétrica passa por este fio, ela gera uma força no centro da bobina solenoide, fazendo com que o êmbolo da válvula seja acionado, criando assim o sistema de abertura e fechamento da válvula.
Outra parte que compões a válvula é o corpo. Este, por sua vez, possui um dispositivo que permite ou impede a passagem de um fluído, quando sua haste é acionada pela força da bobina. Esta força é que faz o pino ser puxado para o centro da bobina, permitindo a passagem do fluído.

No caso da Ultra Limited, esta válvula é responsável por controlar o fluxo do líquido pelo sistema de arrefecimento, de acordo com a temperatura de operação do motor. Se a temperatura aumenta, a válvula solenóide permite a passagem do líquido de arrefecimento, que ajuda o sistema de ventilação a diminuir a temperatura no cabeçote do motor.

Este problema foi identificado nos EUA em agosto de 2013 e as válvulas foram trocadas nas Ultra Limited em produção/operação, lá.

Aparentemente houve um atraso na remessa das novas válvulas para o Brasil e as Ultra Limited vendidas aqui foram entregues ainda equipadas com as válvulas inadequadas.

É um absurdo que isto tenha acontecido, pois as primeiras Ultra Limited foram entregues no final de Fevereiro 2014, seis meses depois do problema já ter sido identificado na matriz americana.

E o absurdo é ainda maior pelo fato de que a Harley-Davidson não ter informado isto aos compradores das motocicletas.

Como adquiri a minha Pérola Negra na Floripa Harley-Davidson, que tem um excelente serviço de Pós-Venda, fui informado do problema assim que a notícia chegou na revenda. O mesmo aconteceu com os outros compradores da Ultra Limited. A nova válvula destinada à minha Ultra Limited já está na revenda, à minha disposição, para troca.

Segundo fui informado, o vazamento do líquido de arrefecimento não impede a operação da Ultra Limited com segurança, nem cria um risco de avaria no motor. O resultado é uma alteração no desempenho da motocicleta que, operando em níveis de temperatura mais elevado, perde torque e potência que foram aumentados exatamente em função do sistema de arrefecimento por líquido.

As válvulas já estão sendo entregues às concessionárias e devem ser substituídas imediatamente. A rapidez com que isto será feito vai depender da disponibilidade das novas válvulas e na qualidade do serviço de Pós-Venda de cada concessionária.

Atualização em 14/5/2014: a minha Ultra Limited não necessitou ter a válvula trocada. Já veio correta de fábrica e nunca teve vazamento do líquido de arrefecimento (2700 km rodados até agora).

O Desastre da Infraestrutura - Modal Aeroportuário


"Tapeação" nos Aeroportos

Pode ter sido apenas um ato falho, mas a gafe do presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, ao dizer que é possível "tapear" as atrasadíssimas obras nos aeroportos, para que não atrapalhem os turistas durante a Copa do Mundo, definiu com precisão vernacular a gestão petista na área aeroportuária. "Tapear", conforme o Aurélio, significa "enganar, iludir, lograr, burlar, embaçar".

Vale referiu-se especificamente às obras do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte. Pelo que se depreende de suas explicações, "tapear" significa isolar os setores ainda inacabados daquele terminal para que o aeroporto possa funcionar, mesmo de modo precário.
"Reconheço que as obras não ficarão com aquilo que prevíamos para a Copa", disse Vale. "Podemos 'tapear' (sic) as obras de modo que melhore a operacionalidade sem terminar ela como um todo. Em determinada área que está em obra, você isola aquela área, mas libera outras áreas onde as obras já terminaram." Isso significa que os turistas serão recebidos em Confins - e em outros terminais - conforme o famoso "jeitinho brasileiro".

Em janeiro passado, o ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, já admitia, ante as evidências, que seria necessário "construir alternativas" para driblar os problemas nos aeroportos. Até "puxadinhos" de lona e com estrutura pré-fabricada estão nos planos do governo para dar aos terminais condições mínimas.

A declaração do presidente da Infraero, portanto, não é uma aberração. Faz parte do discurso oficial, adotado desde que ficou claro, mesmo para os patrioteiros mais otimistas, que as obras nos aeroportos sofreriam atrasos - apesar dos sete anos que o País teve para se organizar para a Copa. Mas os problemas relativos ao Mundial mascaram questões de fundo, muito mais relevantes, a começar pelo modelo de concessão dos aeroportos.

O caso de Confins é exemplar. O terminal foi arrematado em novembro pelo consórcio BH Airport, formado pelos operadores Flughafen München e Flughafen Zürich em sociedade com a construtora CCR. Assim como aconteceu em outros contratos de aeroportos celebrados pelo governo Dilma, o BH Airport ficará com 51%, enquanto a Infraero deterá 49%.

O problema desse modelo é que ele impõe à Infraero significativa perda de receita - como aconteceu quando foi reduzida sua participação nos lucrativos aeroportos de Guarulhos, de Viracopos e de Brasília, dos quais detinha 100%. Como a empresa administra dezenas de aeroportos deficitários e ainda terá de injetar recursos para pagar sua parte nos investimentos projetados nos aeroportos dos quais será sócia, é presumível que a situação de suas contas, já dramática, torne-se crítica.

Assim, conforme já se admite na Infraero, serão necessários cortes de gastos que vão afetar desde a manutenção de ar-condicionado até o sistema elétrico que alimenta sistemas de auxílios visuais e de navegação aérea, com riscos à segurança. Ademais, conforme constatou o Tribunal de Contas da União, a Infraero ainda não tem estrutura de gestão para administrar sua participação nesses negócios.

Um vexame na Copa do Mundo é, como se vê, o menor dos problemas. Serão apenas 30 dias, nos quais o País será testado em diversas frentes e provavelmente se sairá bem em algumas - talvez seja até campeão - e não tão bem em outras. Pouco importa. O que interessa é que os atuais problemas nos aeroportos são apenas parte de um erro muito mais amplo: o modelo de concessão transformou a lucrativa Infraero - que nunca foi eficiente - numa empresa em crise.

Na solenidade em que assinou o contrato de Confins, Dilma disse que o objetivo desse modelo danoso é "providenciar a modernização" do setor. Eis, portanto, o que é "tapeação": empreender uma "privatização" que, para não parecer privatização, onera os cofres públicos, prejudica estatais e não resulta necessariamente em melhoria dos serviços.


Editorial d'O Estado de São Paulo – 14/04/2014

sábado, 12 de abril de 2014

Quatro Gerações


Esta família Harley-Davidson começou em 1937, quando meu pai comprou sua primeira H-D.

A tradição continua, 77 anos depois. Uma pena que o pioneiro já não esteja entre nós.
Ele estaria muito feliz.



sexta-feira, 11 de abril de 2014

Relógios Inspirados na Harley-Davidson


Bell & Ross é um fabricante de relógios de luxo, projetados pelo famoso designer suíço Bruno Belamich.

Os relógios da Bell & Ross são fabricados com base em quadro princípios básicos: mecanismo suíço de alta precisão, alta resistência à àgua, indicadores visuais de fácil leitura - como nos instrumentos aeronáuticos - e funções destinadas a usos específicos.

Os relógios são produzidos na fábrica de empresa em La Chaux-de-Fonds, Suíça.

Na Feira Internacional Basel 2014, a maior da indústria de relojoaria, a Bell & Ross apresentou os relógios B-Rocket, inspirado nas motocicletas Harley-Davidson.

A parceria entre Bruno Belamich e os projetistas da Harley-Davidson resultou na Harley-Davidson Bell & Ross B-Rocket, concebida como uma obra de arte.


Harley-Davidson Bell & Ross B-Rocket

A partir da motocicleta, Bruno Belamich teve a inspiração para criar a nova linha de relógios de pulso, projetados com o motociclista em mente.

Bell & Ross BR 01

Os relógios BR 01 e BR 03 são os frutos desta inspiração. Ambos tem ponteiros bem relevantes, uma escala de taquímetro no anel periférico do relógio, e cronômetros de 60 segundos, 30 minutos e doze horas. Os cronômetros são acionados pelo botão de rodovia (na cor laranja), colocado na lateral do relógio.



O modelo BR 03 é mais elaborado, com duas funções adicionais: data e a reserva de energia, mostrada como se fosse um indicador de combustível.

Bell & Ross BR 03

Ainda não há preço anunciado para esta linha de relógios da Bell & Ross. Os relógios BR são comercializados com preços iniciando nos US$3.000 e chegando até US$50.000.

terça-feira, 8 de abril de 2014

A maior revenda Harley-Davidson está em construção


A maior revenda Harley-Davidson do mundo está em construção na cidade de Scottsdale, na região metropolitana de Phoenix, Arizona.

O anúncio foi feito pelo Gerente Geral da Harley-Davidson of Scottsdale. O prédio, em dois andares, terá 13.600 m² de área construída, além de mais 10.000 m² de estacionamento aberto.

A Harley-Davidson de Scottsdale é uma das três revendas de propriedade do bilionário Bob Parsons, fundador da GoDaddy, uma empresa de software e registro de domínios da Internet que fatura US$1,4 bilhão por ano.

O atual prédio da revenda, que será demolido.
Bob Parsons, um harleyro fanático, também é o dono da Spooky Fast Customs, que fabrica motocicletas customizadas.

A nova revenda será maior do que a Harley-Davidson de Daytona Beach (10.100 m²) e da Red Rock Harley-Davidson de Las Vegas (9.680 m²), consideradas as maiores concessionárias Harley-Davidson em existência.


Projeto da nova concessionária.
Para se ter uma idéia do tamanho das lojas, um Walmart SuperCenter tem, em média, 9.200 m² de área coberta.

A área de serviços, onde as motocicletas serão atendidas pelos mecânicos, terá 1.900 m², toda com paredes de vidro, para que os clientes possam acompanhar a manutenção de suas máquinas.

O prédio vai dispor ainda de 8.000 m² de área para clientes, espaço para eventos, estacionamento coberto e estoque de peças, acessórios e roupas H-D.

A previsão é que a nova concessionária esteja em operação em Maio de 2015.
Uma boa adição ao roteiro de viagens pela Califórnia e Las Vegas.

sábado, 5 de abril de 2014

Electra Glide Police vs. Honda CBR600RR


Algumas pessoas ficam sempre apreensivas, nos EUA,  quando um veículo policial está por perto. 

É natural. Para manter as estradas em segurança, os policiais americanos não brincam em serviço.

Mas os policiais são pessoas como nós e que também tem seu lado divertido e amigável.

Veja, por exemplo o vídeo abaixo, que foi colocado no YouTube.

Nele um homem com uma câmera instalada no capacete de sua Honda superbike pára no sinal de trânsito. Ele olha para o lado e vê o policial chegar com sua Harley-Davidson Road King Police. Neste momento o biker desafia o policial para uma "corrida de largada" amigável.

O policial podia, alí mesmo, aplicar uma multa ao motociclista por ter sugerido a corrida. Mas, ao contrário, aceita o desafio.



A Harley-Davidson Electra Glide policial não tem a menor chance de vencer uma superbike, mas é interessante ver o policial, bem descontraído, numa "corrida" amigável e segura com o cidadão motociclista.

Foram sómente algumas quadras e em nenhum momento qualquer dos dois excedeu os limites de velocidade  - como se pode deduzir pela velocidade dos outros veículos - ou conduziu suas motocicletas de forma perigosa.

Vários comentários no YouTube elogiaram a atitude do policial.

Mas, sendo os EUA como são, o policial pediu demissão quando o vídeo foi mostrado no YouTube. Mas o Departamento de Polícia de sua cidade não aceitou sua demissão nem o puniu pelo fato.

Errado ou certo, eu gostei de ver a atitude do policial. 
Vejo aí uma forma divertida de dizer ao motociclista da superbike: "Há muitas formas de se divertir com sua motocicleta. E esta é uma das formas seguras de fazê-lo".


O que você acha?

terça-feira, 1 de abril de 2014

Motociclistas serão obrigados a usar joelheiras, cotoveleiras, botas e coletes?


Brasil, il, il . . .

Para a grande maioria dos brasileiros, conforme as pesquisas de opinião publicadas nos últimos 10 anos, o poder legislativo é o menos confiável de todas as instituições do país.
E não é por acaso, todos sabemos.


Hoje foi publicada mais uma pérola do trabalho “magnífico” que suas excelências prestam em troca dos R$8,5 bilhões de reais – dinheiro de nossos impostos – que gastam por ano, em Brasília.

Publicado no blog Radar On-line, do competente jornalista Lauro Jardim :

Motociclistas serão obrigados a usar, além do capacete, joelheiras, cotoveleiras, botas e coletes de proteção. Não pagarão nada por isso. Todos os equipamentos deverão ser incluídos como acessórios das motocicletas, no ato da compra, ou seja, as montadoras terão que arcar com os itens.

A mudança no Código Brasileiro de Trânsito consta no projeto de lei do deputado Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, que está na pauta da reunião de hoje da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, marcada para às 14h30m.

O projeto já começou a ser discutido, em altíssima temperatura. Parte dos deputados discorda da necessidade de mais accessórios de segurança, outros consideram absurda a hipótese de as montadoras pagarem a conta. Uma terceira via de parlamentares teme que a qualidade dos equipamentos varie de acordo com o preço da moto comprada.
Fato é: a CCJ deverá pegar fogo daqui a pouco.

Não é uma maravilha? Claro, as montadoras serão obrigadas a nos fornecer tais equipamentos, mas não colocarão o seu custo no preço das motocicletas . . .com certeza!

Ah, outra coisa; não poderemos comprar e usar os equipamentos de segurança que quisermos. Não, só os aprovados por algum orgão público, com certeza. 

Quem sabe eles aprovam também uma lei que nos obrigue a andar de capacete de aço, colete a prova de balas e sómente em veículos blindados. Assim poderíamos reduzir substancialmente o nível de homicídios no Brasil, que chegou a 52.198 assassinatos em 2013.

Ou, ainda, obrigar por lei todo cidadão brasileiro a carregar um extintor de incêndios, todo o tempo. Poderíamos até economizar, eliminando os Corpos de Bombeiros do país!!!!!!

Suas senhorias não apresentam nenhum projeto para obrigar os governos a manter as rodovias em boas condições de uso e punir quem não o fizer. 

A má qualidade de pavimentação, sinalização e engenharia das rodovias, estradas, avenidas e ruas brasileiras tem, na sua maioria, o mesmo status das trilhas de burro, usada pelos mascates nos séculos 18 e 19, guardadas as devidas proporções.


Morreram mais de 60.000 pessoas em acidentes de trânsito no Brasil em 2013. Somos o quarto pior país do mundo, neste item. Isto representa um aumento de 65% desde 2002. Naquele ano 37.018 pessoas foram mortas em acidentes de trânsito.

A malha rodoviária brasileira tem cerca de 1,5 milhão de quilômetros. Destes, apenas 212 mil quilômetros ou meros 13% são considerados “pavimentados”.  Os outros 87% não tem qualquer tipo de pavimentação: é terra, mesmo.

Segundo o DNIT, esta é uma estrada pavimentada.

O relatório anual de 2013, publicado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), indica os seguintes dados referentes às estradas “pavimentadas” no Brasil:
  • 89% apresentam problemas de pavimentação (buracos, desníveis, pavimentação desgastada, falta de acostamento, etc.)
  • 78,7% das rodovias sob gestão pública apresentam deficiências importantes na sinalização
  • 55,8% tem a faixa central desgastada ou inexistente.
  • 63,2% não possuem faixas laterais.
  • 77,9% das estradas tem problemas de geometria (curvas mal feitas, inclinação ao contrário, desníveis em pontes e viadutos, etc.)
  • 40,5% não possuem acostamento.
  • 56,7% das estradas onde há ocorrência de curvas perigosas, não há placas de advertência nem defensas.

A situação só não é pior por termos 15.873 quilômetros de rodovias sob concessão (pedagiadas), dos quais 84.4% foram considerados como bom ou ótimo pela pesquisa da CNT.

Os gastos do governo federal com rodovias são cada vez menores: em 2012 foram incluídos no Orçamento Federal verbas de R$18,7 bilhões, mas só foram efetivamente utilizados R$9,4 bilhões.

Em 2013 estavam previstos investimentos de R$12,7 bilhões, mas só foram aplicados R$4,2 bilhões.

Os investimentos em rodovias tem diminuido muitos, nos últimos 30 anos. Na década de 1970, com toda a crise provocada pelo aumento substancial do preço do petróleo, o Brasil gastou 1,8% do PIB em rodovias. Nos últimos 10 anos, o investimento tem sido na ordem de 0,8% do PIB.

Se fossem mantidos os mesmos índices de investimentos na rodovias, feitos pelo governo federal nas décadas de 1970 e 1980, deveríamos aplicar R$86 bilhões na manutenção e construção de rodovias no Brasil, por ano. Não fazemos nem 10% disto, nas últimas décadas.

Segundo o Instituto ILOS, Instituto de Logística e Supply Chain da UFRJ, para que nossas estradas fossem consideradas boas ou ótimas (como na América do Norte e na Europa), seria necessário investir R$64,7 bilhões em recuperação e R$747 bilhões em pavimentação das estradas já existentes. Sem investimento na construção de novas estradas!

Só para comparação: a Índia, que tem 35% da extensão territorial do Brasil, tem 1,5 milhão de quilômetros de rodovias asfaltadas,  o equivalente a toda a malha rodoviária brasileira!

Rodovia Mumbai-Pune, na Índia.
Mas, nem tudo está perdido: vamos ter estádios de futebol no padrão FIFA. Oba!

Quem não tem cão . . .


. . . caça como gato: sózinho!

Claude Maurice é um marceneiro aposentado que sempre quis ter uma Harley-Davidson, mas sua esposa nunca o apoiou na idéia de comprar uma H-D.

Quando se aposentou, decidiu fazer uma para sí – de madeira!

Claude Maurice e sua Harley-Davidson em madeira.
“Começou como um projeto de aposentadoria,” disse ele, “e me decidí por um projeto que seria o mais difícil em toda a minha vida.”

Maurice trabalhou com madeira durante 40 anos, fabricando móveis, camas, armários e cozinhas, mas nunca tinha experimentado escultura em madeira, até 2005.

Foi quando embarcou neste projeto de 8 anos, construíndo uma Harley-Davidson de madeira que pesa 110kg e é formada por 1.426 peças em nogueira, bordo (maple), tília e pinho.



A peça é bem intrincada com muitos detalhes incluindo piloto e garupa, roupas, acessórios e peças do veículo.

Pintura em acrícilo foram utilizadas no rosto e nos cabelos.

Maurice construíu a motocicleta primeiro. Um ano depois ele decidiu incluir o piloto. Um ano mais tarde foram incluídos a garupa, os alforges e o parabrisa.


A escultura fica posicionada numa base, construída pelo próprio Maurice, com quatro rodinhas que permitem sua movimentação com mais facilidade.



Até hoje ele já mostrou sua obra em 15 eventos de esculturas em madeira, nos EUA e no Canadá.

Claude Maurice vive na cidade de Welland, no lado canadense de Niagara Falls.