domingo, 29 de junho de 2014

GPS - Avisos Radar, Lombadas, Quebra-molas, etc.


O Brasil continua construíndo estradas com tecnologia dos anos 1950. É fato.
A única exceção são as rodovias estaduais de São Paulo.

Adicione-se a isto péssima manutenção, quase inexistência de sinalização horizontal e vertical e o apetite insaciável dos governos, e o resultado não poderia ser diferente: uma das piores malhas rodoviárias do planeta. Para acrescentar insulto à injuria, o Brasil tomou a decisão de concentrar nas rodovias a maior parte das cargas transportadas no país. Ou seja, rodovias lotadas de caminhões sobrecarregados, que sofrem e provocam acidentes diários, pelo Brasil a fora.

Esta é uma rodovia federal. 
Qual a velocidade máxima, afinal?
Veja aqui alguns dados sobre nossas rodovias.

Ao invés de construir rodovias adequadas ao volume de tráfego e com geometria compatível, a solução que as autoridades encontram é simplesmente inundar as estradas e outras vias com radares, lombadas, quebra-molas e outras dificuldades mais, tornando a vida de quem trafega nestas estradas um inferno.



É impressionante a incompetência: estradas onde poderíamos trafegar a 80 km/h são limitadas a 60 km/h e fiscalizadas eletrônicamente por radares que, ora bolas!, multam a quem estiver acima de 40 km/h!


Uma rodovia duplicada, pedagiada, cuja velocidade normal é de 110 km/h, tem radares sem qualquer razão aparente, que multam quem estiver acima de 80 km/h.

Bom, eu poderia passar os próximos dias escrevendo sobre as barbaridades das nossas estradas, mas é clamar no deserto. O que interessa é arrecadar, cada vez mais, pelo mais inventivo imposto criado no país do "nunca antes:" multas de trânsito. Veja minha postagem sobre o tema, aqui.

Mas na vida, como na física, a toda ação corresponde uma reação em sentido contrário e de igual intensidade (tive um professor, na Marinha, que dizia que fora da física, a intensidade era sempre maior!).

Nas décadas de 1970 e 1980, nos EUA, a velocidade máxima das rodovias foi limitada a 55 milhas/hora (aprox. 88 km/h). Não que as estradas necessitassem esta limitação; foram as crises do petróleo que levaram as autoridades americanas a limitar a velocidade, pretendendo reduzir o gasto de combustível.

Os policiais tomaram de assalto as rodovias, com viaturas equipadas com radar, para flagrar os transgressores.
A reação? Desenvolveram instrumentos para se defender desta ação. Os famosos detetores de radar, muito em voga naquelas anos.

Detetores de radar da marca Cobra, foram muito populares.
Logo as autoridades americanas se conscientizaram da bobagem que fizeram, pois os veículos transitavam na chamada "velocidade de percentual 85%" (leiam o que é na postagem acima referida), independente da fiscalização.

Assim, acabaram com a cretinice da limitação de 55 milhas/h e as estradas voltaram a ter o seu limite máximo permitido, dentro das condições de tráfego da via. Eu já pilotei em rodovias americanas onde o limite máximo é de 85 milhas/h (cerca de 134 km/h), durante semanas e nunca ter visto um acidente.

Bem, vamos voltar aos recursos que temos: o indispensável GPS, com mapas do Projeto Tracksource. Veja postagens aqui e aqui.

O site Radares Garmin costumava atualizar os radares e outros POIs quinzenalmente. Porém, notamos que não houve nenhuma atualização desde Fevereiro de 2014 e verificamos que muitos radares instalados em rodovias, avenidas e estradas estavam desatualizados.

Assim, resolvi fazer um teste com os POIs disponibilizados no próprio site do Projeto Tracksource.

A instalação é muito simples. Entre no site do Projeto Tracksource e vá para a página de download de mapas e selecione a pasta ALERTA e em seguida Download de Conjuntos de POIs para Alarme.

As instruções estão lá, mas vamos copiá-las aqui para melhor visualização:

  • Na tabela do site, escolha os alertas para baixar, de acordo com suas preferências:
    • Alertas com aviso sonoro, emitem um tom seguido de uma mensagem de voz;
    • Alertas sem aviso sonoro irão apenas acionar o tom padrão que existe no GPS;
    • Você poderá baixar todas as categorias de alertas ou apenas alguns;
    • Assim, poderá combinar à vontade para transferir ao GPS o conjunto que melhor atenda às suas preferências. Por exemplo, se quiser ter Radar e Polícia com avisos de voz, Lombadas com o tom padrão do GPS e não quiser os demais tipos de avisos, baixe apenas as 3 opções, sendo as duas primeiras com som e a terceira sem som;
  • Atenção: A única combinação que nunca deve ser feita é enviar para o GPS os alertas com som e sem som de um mesmo tipo. Isto irá duplicar os POIs no GPS.
  • Baixe sucessivamente cada uma das opções escolhidas e salve em seu computador.
  • Extraia os arquivos do tipo GPI contidos em cada um dos ZIPs.
  • Conecte seu GPS ao computador e aguarde o mesmo ser reconhecido como um HD externo.
  • Utilizando o Windows Explorer, localize no GPS a pasta "POI" que, dependendo do modelo de GPS, pode estar localizada na raiz do dispositivo ou na pasta Garmin.
  • Copie os arquivos GPI descompactados para a pasta "POI":
  • Caso seja apresentada uma mensagem de que o arquivo já existe, opte por substituí-lo. Neste caso, você estará atualizando um conjunto do tracksource já existente por uma versão mais atualizada;
  • Caso você já possua alertas do Tracksource no GPS, que tenham sido instalados pelo sistema antigo, o arquivo GPI existente na pasta deverá ser deletado para evitar duplicidade de alertas.
  • Caso existam outros conjuntos de alerta já instalados no GPS, que não os do Tracksource, os mesmos poderão ser mantidos. Entretanto, chamamos a atenção para o fato de que utilizar conjuntos de várias fontes diferentes pode resultar em alertas duplicados.
  • Desconecte o GPS do computador e pronto, os alertas estão instalados!
Gostei! São atualizados com mais frequência e retratam bem a realidade, pelo menos no trecho que verifiquei aqui na minha cidade.

Atualização: veja também a atualização com os alertas do Mapa Radar.

Boa sorte e lembre-se: Pilote sempre com segurança!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Diferença de mercados


Muita gente não gosta quando comparamos a realidade brasileira com a de outros países. Alguns acham até que é uma atitude pouco patriota.

Eu discordo. Aprendi a sempre querer mais e melhor, a ter qualidade de vida e a valorizar o resultado do meu trabalho.

Os brasileiros já carregam uma das mais pesadas cargas tributárias do mundo e pagam um dos mais caros créditos existentes no planeta, com juros estratosféricos. Portanto, comparar é necessário, pelo menos para registrar nosso inconformismo.

Então, vamos a mais uma comparação.

A Harley-Davidson está longe, mas muito longe mesmo!, de ter uma presença forte no mercado de motocicletas do Brasil, apesar de ter uma das melhores motocicletas existentes. A participação da H-D no mercado brasileiro de 2013 foi de 0,52%.

Apesar disto, raramente se consegue comprar uma H-D nova dando sua motocicleta como parte do pagamento. Ou, quando se consegue, a sua usada é desvalorizada, sempre recebida por um valor bem abaixo da tabela FIPE. Isto, independente dos acessórios instalados.

Vejam esta campanha da Harley-Davidson de Orlando, Flórida:


Explico: a revenda H-D de Orlando está aceitando a sua motocicleta usada em um valor 10% acima do estipulado no "Kelly Blue Book", o equivalente americano à nossa tabela FIPE.

Ou, se não quiser fazer a troca, eles vendem a motocicleta sem entrada e com juros bem baixos.

Sabe qual a média de juros que se paga, nos EUA? 4,5%. AO ANO!

Comparar incomoda, não é mesmo?

quinta-feira, 26 de junho de 2014

World Ride 2014 - Número final


Já está no site da Harley-Davidson o número final de quilômetros alcançados no World Ride 2014.



Ontem, os mesmos sites apresentavam um número bem maior, como registrado na minha postagem.


O que aconteceu? Como desapareceram, de um dia para o outro, 3.848.689 km? Mistério.

O número apresentado ontem, 20.853.078, pareceu exagerado, refletindo um aumento de 29.3% sobre o ano anterior. O número final, é mais lógico por representar um crescimento de 5,4%, compatível com os dois dias do evento e com o crescimento de vendas da H-D em 2013.

2014: 17.004.389 km
2013: 16.122.779 km
2012: 12.548.892 km

2011: 7.046.226 km

Os números por país não foram mais mostrados.

Ultra Limited 2014 - Outra motocicleta inspecionada


Inspecionamos a Ultra Limited 2014 do nosso amigo Henrique Strehl, que também estava na lista de recall da Harley-Davidson, por suspeita de posicionamento inadequado dos tubos de fluído hidráulico do sistema de freio traseiro.

Após a inspeção, comprovou-se que a instalação tinha sido feita de forma correta, como mostram as fotos.





Mais informações sobre o tema aqui e aqui.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Harley-Davidson LiveWire - Test-ride em New York


Como anunciando, a Harley-Davidson promoveu o primeiro test-ride da motocicleta elétrica LiveWire na cidade de New York em 24/6/2014.

Os Harleyros da região compareceram na nova loja H-D de New York para testar a motocicleta.



Uma LiveWire estava disponível em posição estática, para que fosse testada com relação à posição de pilotagem, aceleração e acesso ao painel de toque.


O painel, com tela sensível ao toque, indica velocidade, carga restante na bateria e autonomia.


Os instrutores da Harley-Davidson explicam aos Harleyros como utilizar a LiveWire, o que podem fazer e o que não podem fazer durante o teste de pilotagem.


Todos os Harleyros receberam jaquetas identificativas da linha LiveWire, para facilitar a visualização por parte dos instrutores.


Mais detalhes da motocicleta elétrica Harley-Davidson LiveWire



World Ride 2014


Mais um record vem sendo batido, na contagem de quilômetros rodados pelos Harleyros em todo o mundo, durante o World Ride 2014.

Hoje pela manhã o odômetro mundial do World Ride 2014 apresentava os seguintes números:

Total mundial:


Países com as maiores distâncias registradas:


Em 2013 a participação brasileira acumulou 2.267.723 km.
 Para comparação, o resultado global de alguns anos anteriores:

2013: 16.122.779 km
2012: 12.548.892 km
2011: 7.046.226 km
2010: 7.039.170 km

terça-feira, 24 de junho de 2014

Estrada e vida


Artigo de Alexandre Garcia, publicado na revista da Confederação Nacional de Transportes.

Mais uma vez aproveitei as férias para dirigir na Itália.  
Foram três semanas em que pude fazer observações e comparações.

As estradas de lá não ficam atulhadas de caminhões pesados porque o país tem trilhos para transportar a maior parte da carga.

E, a despeito das altíssimas velocidades que os italianos amam - acima dos 140 km/h - não vi acidentes.

As estradas são benfeitas, bem sinalizadas e não acumulam água de chuva.
 O socorro e a fiscalização estão sempre presentes.

Como os demais países do mundo, a Itália vem reduzindo a cada ano o número de mortes no trânsito.

A Espanha, que tinha 10 mil mortos por ano, há 12 anos, agora tem 1.900. 
A Espanha tem 47 milhões de espanhóis e 60 milhões de turistas/ano.

Nós somos 200 milhões e nos matamos no trânsito à razão de 55 mil no ano passado, 60 mil em 2012, levando em conta as indenizações do seguro obrigatório, o DPVAT.

Nos mesmos 12 anos em que a Espanha reduziu de 10 mil para 1.900, nós quase dobramos o número de mortes no trânsito.

Todos os países estão conseguindo essa redução, menos nós.

Aqui continuamos empregando técnicas de fiscalização ultrapassadas, quase rudimentares.

Recentemente, um motorista que já havia tido a habilitação suspensa por vários flagrantes de dirigir embriagado, por praticar pegas e por acumular dezenas de multas de alta velocidade, estava dirigindo sem a CNH, alcoolizado e em alta velocidade quando atingiu o carro de uma família que voltava da confraternização do Dia das Mães.
 Matou uma jovem mãe e sua filha de 1 ano e meio.

Se houvesse um serviço de inteligência no trânsito, esse motorista estaria sendo monitorado, já que tem endereço conhecido, e teria sido impedido de matar.

Quanto às estradas, continuamos a construí-las com técnicas dos anos 50. Apenas algumas máquinas mais modernas, mas o conhecimento não evoluiu.

Não se cobra e não se fiscaliza qualidade e segurança.

Afinal, a vida do brasileiro a cada dia vai perdendo o valor na educação, na saúde, no trânsito e no dia a dia.

Trânsito e homicídios disputam a primazia em mortes. Os dois juntos chegam a quase 110 mil por ano.

Dá 300 mortes por dia! Não há guerra no mundo de hoje que mate tanto.


Quando será que vamos despertar para valorizar nossas vidas?

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Projeto LiveWire em New York City

Primeiras imagens das motocicletas LiveWire em New York.


Amanhã comecará a demonstração e test-ride das motocicletas do Projeto LiveWire.

Algumas fotos tiradas na cidade que nunca dorme (cortesia de Street Chopper):








World Ride 2014


Não deixe de registrar sua participação aqui.

Santa Catarina é refém da burocracia: 44 anos para fazer 3 km de rodovia


Publicado n’O Estado de São Paulo - 22/6/2014

Recorde brasileiro: 3 km em 44 anos
No início do mês, operários transplantaram bromélias retiradas da margem da BR-101 no chamado Morro dos Cavalos, na Grande Florianópolis, para áreas de replantio escolhidas em conjunto com os índios Guarani que habitam a região. Com isso, começaram a remover a vegetação e abrir espaço para a construção de uma quarta faixa na via, num trecho congestionado e perigoso.

Antes disso, os funcionários da construtora participaram de uma oficina sobre como se portar na área indígena. Esses são os últimos acertos antes de começar o asfaltamento de uma área de cerca de 3 km destinada, desde os anos 1970, ao acostamento da rodovia. Mesmo assim, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) levou dois anos para conseguir as licenças necessárias para fazer a obra.

As negociações para a emissão dos documentos pelo Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que por sua vez dependia de concordância da Fundação Nacional do Índio (Funai), se complicaram a tal ponto que, em dezembro, a Casa Civil entrou no caso para resolvê-lo. "Fazíamos isso nos casos em que começava a haver demora", comentou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que era a ministra na época em que a quarta faixa passou a ser discutida no Palácio do Planalto.

Obra simples. Antes da intervenção da Casa Civil, porém, muito havia acontecido. O que era uma obra simples, o alargamento de uma rodovia num trecho curto, tinha se convertido em um pesadelo burocrático.

"Toda obra que envolve uma comunidade indígena é sensível e complexa por se tratar de uma minoria carente de recursos de toda ordem", disse o diretor geral do Dnit, general Jorge Fraxe. "No caso específico do Morro dos Cavalos, some-se a esta complexidade a questão da desintrusão." Ele se refere às negociações para a retirada das famílias não indígenas que também se instalaram na área.

O primeiro percalço enfrentado pela quarta faixa foi uma ação do Ministério Público de Santa Catarina, que mandou parar a obra por entender que ela só poderia ser feita quando saíssem todas as licenças para a construção dos túneis.

A Advocacia-Geral da União conseguiu uma liminar desvinculando a quarta faixa dos túneis. Mas nem por isso a obra foi destravada. Para passar o asfalto no acostamento da BR, seria necessário retirar a vegetação do local, o que no caso requereu autorização do Ibama.

O instituto pediu um inventário sobre as plantas a serem retiradas. Mandou, também, que a licença já concedida para os túneis fosse retificada para inclusão da quarta faixa. E condicionou sua decisão à concordância da Funai. Paralelamente, a Funai pediu ao Dnit que fornecesse os detalhes de como seria feita a obra e suas compensações ambientais - e que explicasse tudo aos índios.

Foi nessa altura que, a pedido do Ministério da Justiça, a Casa Civil passou a coordenar os entendimentos. No último dia 14, o Dnit chegou a comunicar à Casa Civil que começaria a obra, mesmo sem as licenças, porque já havia cumprido todo o acertado. E acusou a Funai de "criar novas situações em cada encontro, as quais deveriam ser discutidas em futuras reuniões", segundo relatório ao qual o Estado teve acesso. Numa reunião para a emissão da licença, a Funai apresentou quatro novas condições para dar seu sinal. É nesse conjunto que está o transplante de bromélias. As plantas deverão ser acompanhadas por um ano após a realocação.

Eu pergunto: como pode crescer e se desenvolver um país que é administrado deste jeito?
Impossível.

Leia também aqui: Programa de Índio

domingo, 22 de junho de 2014

400.000 Visitas ao Blog - Muito Obrigado!



400.000 mil visitas! Muito obrigado a todos que nos acompanham.

Um obrigado especial àqueles que engrandecem ainda mais as postagens, com seus comentários.

Thanks to all those 86.059 visitors from all over the world, for reading my blog!

My special thanks to the 39,786 visitors from the United States, the largest country to read us after Brazil.

Muito obrigado aos nossos irmãos portugueses, por nos acompanharem aqui.

Many thanks to the visitors from Germany, Russia Federation, France, Malasia, Canada, China, United Kingdom, among other countries, for following us here.

God Bless you all!

sábado, 21 de junho de 2014

Harley-Davidson LiveWire - Será uma Harley?


Foto tirada em 18/6/2014 no Centro de Pesquisas da Harley-Davidson
 em Wauwatosa, Wisconsin.
Será que uma Harley continuará a ser uma Harley, mesmo sem o ruído característico de seu escapamento?

Os entusiastas da marca vão descobrir dentro de algum tempo, à medida que forem testando a nova motocicleta elétrica do Projeto LiveWire, cujo som mais se assemelha a de um jato decolando.

A primeira apresentação pública será nesta segunda-feira, 23/6, em New York, somente para convidados. A partir daí a Motor Company vai rodar pelos Estados Unidos, permitindo que a motocicleta seja testada, na expectativa de colher as impressões dos motociclistas. Estas informações serão usadas pela H-D para melhorar a motocicleta, que provavelmente ainda demorará alguns anos antes de ser disponibilizada para venda.

Harleys sempre foram associadas com grupos de motociclistas, adultos de meia-idade e de classe média. Esta nova aventura leva a Harley-Davidson para fora da zona de conforto da motocicletas Touring e cria uma oportunidade de risco, já que não há um mercado consolidado para motocicletas elétricas.

Os veículos elétrico de duas rodas são quase que exclusivamente motonetas e bicicletas de baixa potência compradas principalmente por chineses, para locomoção urbana.

Mas quem acompanha o desenvolvimento de veículos elétricos diz que a Harley-Davidson tem o poder de marketing para criar uma demanda e seus esforços para baixar custos, construir pontos para recarga das baterias e melhorar a tecnologia embarcada será uma contribuição muito positiva para todos.

Scot Harden, vice-presidente global da Zero Motorcycles - que produz motocicletas elétricas nos Estados Unidos - declarou à uma emissora de TV que o projeto da Harley-Davidson “valida o que estamos fazendo e adiciona credibilidade aos nossos produtos. O poder de mercado da Harley-Davidson fará coisas que nós não temos a capacidade de realizar, “ acrescentou Scot.

Zero SR 2014 - Autonomia de 275 km na cidade.
A Zero Motorcycles é a maior produtora de motos elétricas nos EUA e vende cerca de 2.400 unidades por ano, uma gota dágua comparado com o mercado de quase 300.000 motocicletas convencionais vendidas pela Harley-Davidson anualmente.

A verdade é que a LiveWire não fará o ruído característico “potato-potato-potato” que é quase uma marca registrada das Harleys. Seu motor é silencioso e o ruído parecido com uma turbina vem de uma malha de engrenagens. Mas o motor elétrico permite uma melhor manobrabilidade e rápida aceleração: a LiveWire faz de zero a 100 km/h em apenas 4 segundos!

Um problema que as motocicletas elétricas apresentam e que ainda depende de uma solução é a limitada autonomia da carga da bateria. Baterias normalmente precisam de ser recarregadas a cada 200 quilômetros e pode levar de 30 minutos até uma hora para completar a carga.

O presidente da Harley-Davidson, Matt Levantich, disse à imprensa que espera que a tecnologia melhore este tempo e que a Motor Company está menos interessada na demanda imediata e mais focada no potencial a longo prazo.


Vai depender de muita melhoria para convencer um Harleyro a deixar a conveniência de parar em um posto de serviço, encher o tanque e sair para a estrada novamente, em poucos minutos.

Além, é claro, da esperada discriminação dos mais radicais, que até hoje não admitem que a V-Rod seja, de fato, uma Harley!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Ultra Limited 2014 - Sistema de Freio Traseiro - Inspeção nos tubos hidráulicos


A Harley-Davidson iniciou uma recall voluntário, com o intuito de inspecionar e substituir, se for o caso, os tubos que levam o fluído hidráulico para o sistema de freio traseiro nas motocicletas Touring.
Veja postagem aqui.

A minha Ultra Limited está na lista das unidades a serem inspecionadas, conforme divulgado pela Floripa Harley-Davidson.

A concessionária havia agendado a inspeção da minha Pérola Negra para esta quarta-feira, mas devido às fortes chuvas, solicitei o reagendamento  para a próxima semana.

Entretanto, depois de ler mais sobre o assunto nos fóruns dos EUA, resolvi fazer eu mesmo a inspeção.
Não é difícil, se você tem as ferramentas corretas.

A primeira providência é retirar o banco e ter acesso aos parafusos que prendem o tanque ao chassis, próximo da bateria. São três parafusos, como indicado na imagem (o parafuso central já retirado):


Depois, é necessário soltar dos dois parafusos - um de cada lado - que prendem o tanque ao chassis, próximo do garfo dianteiro:


Estes parafusos estão atarraxados com um torque bastante elevado. Por isso é necessário cuidado durante o esforço para desapertá-los e evitar arranhar o tanque.

Depois de retirados os cinco parafusos, o tanque deve ser levantado, com cuidado, e apoiado mais para a esquerda do chassis. Ajuda se o tanque não estiver totalmente cheio, pois estará pesando quase 25 kg (combustível + peso do tanque). O meu estava com 1/4 de gasolina.

Assim estavam os tubos na minha Pérola Negra ( desculpe a poeira debaixo do banco e do tanque - limpei tudo depois!):

Tubos na parte dianteira, devidamente colocados nas caneletas.
Tubos na parte traseira, debaixo da presilha.
Tubos na parte central, debaixo da presilha.
Tubos na parte central, debaixo da presilha e presos com abraçadeira plástica .
Não havia, tampouco, qualquer marca de fricção dos tubos com qualquer parte do tanque ou do chassis, indicando que foram instalados da maneira correta.

De acordo com a recomendação encontrada nos vários fóruns pesquisados, resolvi aplicar mais duas abraçadeiras plásticas nos tubos:

Coloquei mais uma abraçadeira plástica aqui . . .
. . . e aqui.
Depois de fazer um limpeza geral na área, recoloquei o tanque no seu devido lugar, aplicando os parafusos.

Como não tenho torquímetro, sempre aplico uma gota de Trava Roscas Loctite 242 (médio) nos parafusos, para ter certeza de que não ficarão soltos com a vibração.


Não se esqueça de colocar a proteção sobre os parafusos da parte dianteira do tanque, que ficam expostos, certificando-se de que foram colocadas devidamente.


Boas estradas e lembre-se: pilote sempre com segurança.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Harley-Davidson Elétrica: Project LiveWire

Aqui está a nova motocicleta Harley-Davidson:


Algumas fotos:









O Projeto LiveWire inicia um tour por 30 cidades dos Estados Unidos, começando por New York no dia 24/6. Durante o tour, harleyros poderão fazer um test-ride na nova motocicleta elétrica da Harley-Davidson.


  • 12 protótipos foram construídos e serão apresentados ao público americano em 2014 e ao mercado europeu e canadense em 2015.
  • Trata-se de um projeto de pesquisa da Harley-Davidson, ainda sem definição se será produzida comercialmente e quando. A opinião dos harleyros será fundamental para a continuação do projeto e decisão de iniciar uma produção a nível industrial.
  • A bateria que alimenta o motor elétrico é de lítio-ion e leva 3 horas e meia para carregar, com alimentação de 220 volts. A bateria instalada não é a mesma que será utilizada num eventual modelo de produção, pois está destinada sómente a demonstrações.
  • Segundo a Cycle Word, que fez um test-ride na motocicleta elétrica, a qualidade do material e seus componentes são de alto padrão. O estilo agressivo é um fator surpreendente.

Mais detalhes à medida que forem divulgados.