segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Royal Enfield quer competir com a Harley-Davidson nos EUA


Depois de 15 anos vendendo suas motocicletas através de um único concessionário, a Royal Enfield criou uma subsidiária no seu destino internacional mais importante: os Estados Unidos.

E para ganhar espaço nas estradas americanas, a nova subsidiária — Royal Enfield North America — será liderada pelo antigo chefe de vendas globais da Harley-Davidson, Rod Copes.

Não há possibilidade, pelo menos a curto prazo, de que a montadora hindu cause uma ameaça no terreno da Motor Company. Mas é mais uma a querer tirar um pedaço do mercado da companhia de Milwaukee.

“Nós estamos neste mercado há 112 anos consecutivos, sem interrupção e enfrentamos concorrentes de peso mais de uma vez,” disse Tony Macrito, um porta-voz da Harley-Davidson. “Nossa estratégia e comportamento no mercado nos conduzia à posição de liderança e pretendemos continuar neste caminho.”
Royal Enfield Classic 500 Battle Green.
A Royal Enfield North America montará sua primeira concessionária em Milwaukee, Wisconsin, seguido de mais lojas com previsão de abertura até o final de 2016.

Ainda que venda mais que a icônica marca em números totais, a Royal Enfield não deve fazer muita pressão sobre a Harley-Davidson.

Veja mais aqui sobre a Royal Enfield.

domingo, 30 de agosto de 2015

Le Rouge Confiserie & Caffé - Sofisticação Deliciosa em Itapema, SC


Como gostamos de café e de cafeterias, eu e a Rô procuramos visitar todas que recebem recomendação dos amigos.

Uma amiga, sabendo de nossa preferência, nos recomendou o Le Rouge, em Itapema, SC.
Fomos conferir e gostamos muito!

O Le Rouge é um lugar muito agradável, bem localizado e com amplo estacionamento nas proximidades. Localizado em Meia Praia, em Itapema, cidade de Santa Catarina, a cafeteria tem fácil acesso pela BR-101, que passa a menos de 800 m.


O vermelho (rouge, em francês) é a cor predominante do local e foi escolhida em homenagem à tonalidade vermelho brilhante do grão de café, quando maduro.


A área externa é muito agradável.
A decoração interna sugere uma sofisticação que é facilmente encontrada no preparo das bebidas e das comidas do Le Rouge.




Os cafés, servidos em várias formas, apresentam uma qualidade admirável, resultado da cuidadosa escolha de sua origem, o Sul de Minas Gerais, região conhecida pela produção de cafés nobres.

Como sempre, tomei um Café Latte, que é o meu “termômetro” para aferir o estilo e a qualidade do grão utilizado.

Na parte de comidas, os croissants são excelentes, com muitas combinações. Experimentei o croissant de queijo Gouda com molho de vinho Malbec. Delicioso.

Croissant de copa fatiada com queijo gouda e geléia de pimenta, um dos mais pedidos.
Para encerrar, provei a torta de limão. Não sou fã de limão ou de qualquer fruta cítrica, mas a torta de limão da Le Rouge é bem suave. Recomendo.

Torta de limão.
A Rô experimentou o Croissant de Brie e Calabresa e uma deliciosa sobremesa de banana.


O Le Rouge foi criada por seus proprietários, o casal Marco Antônio Faganello e Maria Emília Bortolini, que já traziam uma experiência anterior no negócio, pois administravam o café da manhã de um grande hotel.

Com muita experiência no exterior, Marco Antonio tinha uma idéia de como montar o negócio, tornado realidade com a parceria da esposa.


Marco Antonio Faganello e Maria Emília Bortolini, os proprietários do Le Rouge.
O atendimento foi excelente e voltaremos lá para outras experiências, com certeza.

O Le Rouge Confiserie & Caffé fica na Rua 250, número 111, Meia Praia, Itapema, SC, quase esquina com a Av. Nereu Ramos. Telefone 47-3366-7742.


Funciona de segunda a sábado das 14:00 às 21:00 e aos domingos das 09:00 às 12:00 e das 15:00 às 21:00 horas. Aceita todos os cartões.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Pérola Negra de volta à ativa

João Lajus, Gerente de Pós-Venda da concessionária, reintregando a Pérola Negra à ativa.
Depois de uma semana na oficina da Floripa Harley-Davidson, fui buscar a Pérola Negra na manhã de hoje.

Foram trocados o cilindro, pistão e anéis dianteiro e o pistão e anéis do cilindro traseiro.

Aproveitaram para atualizar o sistema e fazer uma pequena ajustagem na embreagem.

De Florianópolis até Balneário Camboriú o motor portou-se muito bem, sem qualquer anormalidade.

Agora, temos que ter os cuidados de um motor zero, até que os pistões, anéis e o cilindro (dianteiro) se acomodem novamente.

É bom estar com a Pérola Negar em perfeitas condições, novamente.

Nota 10! para o Harley-Davidson Rider Assistance. Tanto na retirada da motocicleta e transporte até a concessionária, na semana passada, como em providenciar o meu transporte até Florianópolis para retirar a motocicleta. No melhor padrão USA!

Veja tudo sobre o ocorrido, aqui.

Harley-Davidson pede doações para programa ambiental


A Harley-Davidson do Brasil abriu uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) no site Kickante para arrecadar R$ 150 mil. O dinheiro vai para o projeto de reflorestamento Renew the Ride, para plantar 50 milhões de árvores até 2025. A ação da Motor Company no Brasil é direcionada para a Mata Atlântica e é realizada em parceria com a The Nature Conservancy (TNC), uma das maiores organizações ambientais do mundo. 

Para doar, o interessado deve acessar site da companhia no Brasil, na página dedicada à campanha e clicar no link “fazer uma doação”. 

Para incentivar a contribuição, a Harley-Davidson está oferecendo uma série de recompensas, de acordo com o valor doado:
  • R$ 30: Certificado digital de agradecimento da Harley-Davidson
  • R$ 50: Adesivo do Renew the Ride
  • R$ 100: PIN do Renew the Ride
  • R$ 500: Ingressos para o evento de plantio em Salesópolis (SP), PIN e Adesivo Renew the Ride
  • R$ 1.000: Camisa masculina autografada pelo Willie G. Davidson, ingresso para evento de plantio em Salesópolis (SP), PIN e adesivo Renew the Ride
  • R$ 1.500: Camisa comemorativa do aniversário de 110 anos da Harley-Davidson autografa por Willie G. Davidson, Ingresso para o evento de plantio em Salesópolis (SP), PIN e adesivo Renew the Ride
  • R$ 5.000: Jaqueta autografada por Bill Davidson, 2 ingressos para o evento de plantio, PIN e adesivo do Renew the Ride
  • R$ 6.000: Tanque de combustível autografado por Bill Davidson, 2 ingressos para o evento de plantio, PIN e adesivo do Renew the Ride

O Renew the Ride é uma missão global da Harley-Davidson, que visa incentivar seus clientes e entusiastas a se engajarem nesta causa, realizando doações em prol do programa. Presente em mais de 35 países  no Brasil desde 1988  a organização sem fins lucrativos atua na conservação de plantas, animais e da natureza em geral, que representa a diversidade da vida na terra.

O programa é uma iniciativa já que ajudou a reflorestar mais de 57 km² de área no mundo. O objetivo é reconstruir as florestas mais críticas, com especial atenção à Mata Atlântica, às províncias de Yunnan e Sichuan, na China, além de áreas nos Estados Unidos. 

No Brasil, a iniciativa possibilitou o plantio e a conservação de mais de 14 milhões de árvores na Mata Atlântica, na região costeira do país, por meio do programa Plant a Billion Trees, da TNC.


O objetivo no momento da campanha é arrecadar doações que permitam a restauração de 18 hectares de floresta, o que incluirá o plantio de 44 mil árvores, em áreas dos estados de São Paulo e do Espírito Santo. O reflorestamento da Mata Atlântica contribui para a regulação do clima e contribui para a conservação de espécies, em um dos biomas mais diversos e ameaçados do mundo.

“Nosso País possui belas paisagens, que são um convite a passeios de moto. Por isso, estamos muito entusiasmados com este programa global da Harley-Davidson. Estamos planejando ações com as nossas concessionárias e clientes, para fazer desta ação mais um grande sucesso”, afirma Flavio Villaça, gerente de Marketing, Produto e Relações Públicas da Harley-Davidson do Brasil.

Uma cerimônia simbólica de plantio irá ocorrer em novembro, em Salesópolis, interior de São Paulo, nos mesmos moldes do que foi realizado em outubro do ano passado, quando a Harley-Davidson, seus clientes e revendas, junto com a The Nature Conservancy, plantaram mil pinheiros em South Quay, Virginia, Estados Unidos.

“O engajamento da Harley-Davidson do Brasil e da TNC na proteção e restauração da Mata Atlântica traz benefícios para toda a população, em especial para os proprietários rurais e comunidades destas regiões, já que a infraestrutura verde é vital para garantir recursos para um desenvolvimento sustentável em nosso País”, comenta Marcelo Moura, diretor de Marketing da TNC no Brasil.

“O motociclismo tem a ver com sair de casa e curtir o ambiente, admirando o mundo atrás do guidão da moto”, completa Mark-Hans Richer, vice-presidente de Marketing da Harley-Davidson Motor Company. “Estamos empenhados em preservar o caminho aberto para as gerações futuras de pilotos. Nossa parceria com a The Nature Conservancy nos dá a oportunidade de mobilizar a nossa comunidade global e ajudar a cumprir a sua missão.”


A comunidade Harley-Davidson tem uma história tradicional de luta por causas sociais e ambientais.

Um exemplo é a doação de US$ 91 milhões que a empresa levantou para a Muscular Dystrophy Association, nos Estados Unidos, desde 1980. 

Mais recentemente, arrecadou US$ 1,3 milhão para organizações que tratam de pacientes com câncer de mama, por meio da Harley-Davidson Pink Label Collection, coleção de roupas voltada ao público feminino. 

Além disso, frequentemente as concessionárias e clientes Harley-Davidson levantam fundos e criam ações importantes em prol de suas comunidades locais.


Veja também: Harley-Davidson Pretende Plantar 50 milhões de Árvores

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Sem novidades (muitas) no front

2016 Harley-Davidson CVO Road Glide Ultra
A Harley-Davidson apresentou seu  catálogo 2016 durante a Convenção de Vendas neste fim de semana em Las Vegas, sem nenhuma novidade de grande expressão.

Os novos modelos já estão sendo entregues aos concessionários americanos desde hoje.

A Fat Boy S e a Softail Slim S receberam os motores Twin Cam 110, que era privilégio das CVO, somente. O resto da família Softail receberá o High Output Twin Cam 103, que já equipa as Touring.

2016 Harley-Davidson Fat Boy S
2016 Harley-Davidson Softail Slim S
Outra novidade é o controle eletrônico de aceleração (cruise control) disponível em todas as Softail.

Depois de um ausência de dois anos, a Road Glide Ultra está de volta ao catálogo da H-D.

2016 Harley-Davidson Road Glide Ultra
A Forty-Eight vem agora equipada com roda de liga e com garfos de 49 mm. Tem paralamas reduzidos que deixam os pneus mais expostos e o clássico tanque de 8 litros em forma de amendoim.

2016 Harley-Davidson Forty-Eight
A Iron 883 tem novos paralamas, motor/caixa pintado em negro e banco solo, além de protetores no escapamento, lembrando uma racer.

2016 Harley-Davidson Iron 883
A CVO Limited 2016 tem novos cores e medalhãos do tanque. Uma CVO Road Glide Ultra foi incorporada à família com três esquemas de cores. A CVO Street Glide tem quatro novas opções de cores. O preço das CVO, nos EUA, vão de US$36.799 para a Street Glide até US$40.299 para a Road Glide Ultra.

2016 Harley-Davidson CVO Limited
2016 Harley-Davidson CVO Street Glide
O Programa CVO da Harley-Davidson costuma ser o caminho para a inclusão de novas tecnologias, componentes exclusivos e detalhes gráficos, antes de serem incluídos como equipamento ou acessório original nas demais famílias.

Para 2016 três novos ingredientes vão debutar nas motocicletas CVO:
  • Sistema de monitoramento da pressão dos pneus, através da válvula de cada roda vai informar ao piloto se a pressão recomendada não está sendo observada. A pressão do pneu poderá ser conferida no painel ou no sistema de mídia das motocicletas, como avisos que aparecem na tela. Este dispositivo já é encontrado no mercado, produzido pela Garmin e vendido como opcional em alguns modelos de GPS, como o Zumo 590 LM, por exemplo.
  • Um novo Sistema integrado na chave combina as funções de trava dos compartimentos de bagagem e do sistema de segurança por proximidade em um único dispositivo.
  • Novas setas em LED combinam novo estilo mais moderno com uma luminosidade maior.
Ainda não foi divulgado o catálogo 2016 para o Brasil.

Ultra Limited: O que aconteceu no motor, afinal?

Eng. Maurílio, da H-D do Brasil, inspecionando a Pérola Negra
A Harley-Davidson do Brasil enviou um engenheiro para investigar o que aconteceu com o motor da Pérola Negra, minha Ultra Limited 2014, que teve um aumento extraordinário no consumo do óleo lubrificante.

Para entender melhor o caso e acompanhar sua evolução, sugiro ler as postagens anteriores aqui e aqui.

Inicialmente foram feitos os testes e verificações de rotina, observando-se o seguinte resultado:
  • Funcionamento dos sistemas elétrico e eletrônico: normal
  • Pressão da bomba de óleo: normal
  • Pressão nos cilindros dianteiro e traseiro: normal
  • Funcionamento da bomba de gasolina: normal
  • Respiros do filtro de ar: normal
  • Havia 930 ml de óleo lubrificante no motor. A capacidade é de 3,8 litros
Foi feita a troca do óleo lubricante e colocado o motor em funcionamento, verificando-se uma leve queima de óleo no cilindro dianteiro.

Procedeu-se então à abertura do motor, retirando-se a parte superior dos dois cilindros para inspeção.


Em seguida foi aberto o cilindro dianteiro, pois a queima do óleo lubrificante acontecia ali.

Foi verificado que tinha ocorrido alinhamento dos anéis de segmento, permitindo a passagem do óleo pelas aberturas dos anéis e sua queima ao chegar na câmara de combustão. Os anéis são montados desalinhados, para evitar que isto ocorra.


Não se pode precisar quando ocorreu o alinhamento, mas pela quilometragem percorrida desde a última revisão (+/- 1.700 km), houve queima de 170 ml de óleo lubricante a cada 100 km, na pior das hipóteses.

Qual a importância dos anéis de segmento no motor da sua Harley-Davidson? 

Encontrei esta explicação no site Mecânica Solique e compartilho aqui.

Vedação da compressão, dissipação de calor e vedação do óleo do cárter são as funções dos anéis de segmentos colocados nos pistões do motor.

Os pistões são fabricados em liga de alumínio (alguns com materiais diferenciados), e na parte superior do pistão são criadas canaletas para acomodar os anéis de segmento.

Pistão do motor H-D 103 cu.in.
Na maioria dos motores são três anéis: compressão, raspador e de óleo. São fabricados em ligas de aço e tratados conforme o local onde vão trabalhar no motor.

O anel superior é o de compressão, fabricado em aço revestido de cromo e tem formas diferenciadas dos demais, pois é ele quem recebe a maior quantidade de calor no motor. Garante a vedação de toda a compressão do motor e também tem a função de quebra de carvão. Como os demais, dissipam o calor do cilindro, para arrefecimento do motor.

O anel do meio é denominado raspador: tem a função de raspar parte do óleo que sobe junto com o pistão, na lubrificação do cilindro. 

O terceiro é o anel de óleo: este anel tem a função de vedar o óleo do cárter, para que não passe em excesso para a câmara de combustão do motor.

Típico jogo de anéis de segmento. O da esquerda é o anel de óleo.
Achei este vídeo no YouTube. Explica, de maneira bem simples, como pode acontecer o alinhamento dos anéis de segmento, mesmo em motores relativamente novos.


Não houve dano no pistão nem no cilindro dianteiro da minha Pérola Negra. Mas a Harley-Davidson considerou mais prudente substituir o kit completo.

A concessionária Floripa Harley-Davidson vai executar a substituição. Por sorte, o kit está disponível na loja e não haverá a necessidade de espera. Acredito que estarei rodando na minha Pérola Negra ainda esta semana.

O que aprendemos com esta experiência?

VERIFIQUE O NÍVEL DE ÓLEO DO MOTOR, COM FREQUÊNCIA!

sábado, 22 de agosto de 2015

Kodak - O Início da Era Digital e o fim da Película Fotográfica

Na década de 1970 a Kodak fatura bilhões de dólares/ano vendendo filmes.
Imagine um mundo onde a fotografia seja um processo lento, quase impossível de dominar com perfeição sem anos de estudo ou de aprendizado. 

Um mundo sem iPhones ou Instagram, onde uma empresa reinava com supremacia. 

Tal mundo existia em 1973, quando Steven J. Sasson, um jovem engenheiro recém-formado, foi trabalhar na Eastman Kodak.

Dois anos depois ele inventou a fotografia digital e construiu a primeira câmera digital.

Steven J. Sasson quando começou a trabalhar na Kodak em 1973.
O Steven Sasson, então com 24 anos de idade, inventou um processo que nos permite fotografar com telefones celulares, enviar as imagens ao redor do mundo em segundos e compartilhá-las com milhões de pessoas.  Este processo transformou a indústria fotográfica dominada por seu empregador e deu início a uma década de reclamações de fotógrafos apavorados com a possibilidade da extinção de sua profissão.

Assim que começou a trabalhar na Kodak, Sasson foi incumbido de uma tarefa de pouca importância: verificar se havia algum uso prático para um dispositivo de carga acoplada ou CCD (charge-coupled device), que tinha sido inventado alguns anos antes.

Ele solicitou a aquisição de alguns destes dispositivos e começou a avalia-los. O dispositivo constituía de um sensor semicondutor para captação de imagens formada por um circuito integrado que contém uma matriz de capacitores acoplados. Ele queria capturar imagens com o CCD mas não conseguia, pois os pulsos elétricos logo se dissipavam.

Para armazenar a imagem, ele decidiu usar o que naquele tempo era um processo relativamente novo, a digitalização, que é a transformação de pulsos elétricos em números. Mas a solução levou a outro desafio: armazená-los em uma memória RAM, para depois gravá-los numa fita magnética digital.

O resultado final foi como uma “máquina de fazer doido”  criada com a lente tirada de uma câmera Super  8, um gravador portátil, 16 baterias de níquel-cádmio, um conversor análogo/digital e dezenas de outros circuitos — tudo conectado em meia-dúzia de placas.

Primeira câmera digital do mundo. Pesava 3,6 kg e tinha somente 0,01 megapixels.
Só para comparação, é bom lembrar que o primeiro computador da Apple apareceu no mercado no ano seguinte!

Por si só a câmera foi um grande acontecimento, mas era necessário inventar um sistema para reverter o processo que pudesse tirar a informação digital da fita e torna-la algo que se pudesse ver em uma tela de televisão: uma imagem digital.

“Era mais que uma câmera,” disse Sasson. “Era um sistema fotográfico para demonstrar a ideia de uma câmera totalmente eletrônica que não usava filme, papel ou outros consumíveis para capturar e exibir uma imagem fotográfica.”

A câmera e o sistema de “playback” foram o início da era da fotografia digital. Mas a revolução digital não foi fácil na Kodak.

“Eles estavam convencidos que ninguém gostaria de ver suas imagens em um aparelho de televisão.”

Steven Sasson fez uma séria de demonstrações para executivos nos departamentos de marketing, técnico e de desenvolvimento de negócio. Depois para os chefes e chefes dos chefes. Ele levava a câmera para salas de reunião e demonstrava o seu funcionamento tirando fotos dos presentes.

“Levava somente 50 milissegundos para capturar a imagem, mas tomava 23 segundos para gravar na fita,” explica Sasson. “Eu tinha que tirar a fita, entregar ao meu assistente e ele colocava na unidade de playback”. 30 segundos depois, ela aparecia numa imagem em preto-e-branco de 100x100 pixels.

Ainda que a qualidade fosse ruim, Sasson explicava que a resolução poderia ser melhorada rapidamente à medida que a tecnologia avançava e que poderia competir no mercado consumidor contra as câmeras de filmes 110 e 135. Tentando comparar com o que já existia no mercado de dispositivos eletrônicos ele sugeria “pensar numa calculadora HP com lentes.” Ele chegou a mencionar o envio de imagens por linha telefônica.

A reação dos executivos da Kodak foi morna, para dizer o melhor.

“A imagem impressa em papel estava sedimentada no mercado consumidor por mais de 100 anos, sem qualquer reclamação. O custo era baixo, então por que alguém iria querer ver suas fotos na tela da televisão?,” argumentavam os incrédulos executivos da Kodak.

As maiores objeções vieram dos departamentos de marketing e de novos negócios. A Kodak tinha um monopólio virtual no mercado americano de fotografia e faturava alto em cada fase do processo fotográfico. Se você planejava fotografar o aniversário do seu filho provavelmente usaria uma câmera Kodak Instamatic, filme Kodak e lâmpadas de flash fabricadas pela Kodak. E depois mandaria o filme para ser revelado e impresso numa máquina Kodak, com produtos da Kodak e em papel fotográfico Kodak. A empresa dominava todo o processo!

Era um excelente negócio e não viam razão para mudar.

Quanto os executivos perguntaram quando a fotografia digital poderia competir com a fotografia analógica, a resposta de Steven Sasson foi de que ele estimava de 15 a 20 anos para que isto acontecesse. 
Os executivos não ficaram muito excitados com isto! 

Mas permitiram que ele continuasse com as pesquisas para desenvolver a câmera, a compressão de imagem e o cartão de memória.

A primeira câmera digital foi patenteada pela Kodak em 1978. Mas isto não foi divulgado para o público.

Em 1989, Steven Sasson e seu colega Robert Hills criaram a primeira câmera digital SLR que tinha a aparência e funcionava como as modernas câmeras profissionais de hoje. Tinha 1,2 megapixels, usava compressão de imagem, armazenada em um cartão de memória.  A câmera foi patenteada em 1991.

Primeira câmera digital SLR, inventado por Steven Sasson e Robert Hills em 1989.
Mas o departamento de marketing da Kodak não estava interessado. Disseram que poderiam vender a câmera digital, mas não o fariam, para não canibalizar as vendas de filmes.

“Quando construímos aquela câmera, o argumento estava superado,” afirma Steven Sasson. “Era só uma questão de tempo, mas a Kodak não quis entrar no negócio. A câmera nunca foi comercializada.”

De qualquer forma, até que a patente venceu em 2007, a câmera digital rendeu bilhões de dólares à Kodak, pois a empresa era a dona da patente – não o Steven Sasson – fazendo com que a maioria dos fabricantes de câmera digital pagasse à Kodak direitos para usar a tecnologia. Apesar de eventualmente fabricar e vender câmeras digitais para consumidores e profissionais, a Kodak nunca acordou para o mercado, até ser tarde demais.



Kodak DCS 460. Era vendida por US$35.000 em 1995!
“Cada câmera digital vendida tomava mercado de câmeras analógicas e nós ganhávamos muito dinheiro vendendo filmes,” comenta Sasson. “Este era o argumento. Claro, o problema é que eventualmente você não venderia mais filmes – e esta era minha posição.”

Hoje a primeira câmera digital feita por Steven Sasson em 1975 está em exposição no Museu Nacional da História Americana, do Smithsonian’s em Washington. 

Steven Sasson em 2010, com a câmera digital que inventou em 1975.
Em 2009 o presidente Barak Obama concedeu a Medalha Nacional de Tecnologia e Inovação a Steven Sasson – a maior honraria dos Estados Unidos a um engenheiro – numa cerimônia na Casa Branca.

Três anos depois, a Eastman Kodak pediu concordata.

A companhia saiu da concordata muito menor do que era, mas continua a operar, focada no mundo corporativo. Sua presença no mercado consumidor da fotografia, entretanto, é apenas uma sombra do que era.

Conflito de gerações?


Se você for motociclista, com certeza não terá este problema!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Floripa Harley-Davidson: mudança no Pós-Venda


A Floripa Harley-Davidson, concessionária da Motor Company em Santa Catarina tem novo Gerente de Pós-Venda.

João Rodolfo Lajus recebeu a incubencia de cuidar do Pós-Venda na concessionária catarinense.

Com uma experiência de vários anos com motocicletas Harley-Davidson - além de um período trabalhando na BMW Motorrad - João Lajus é bastante conhecido pelos harleyros de Santa Catarina, com quem tem um excelente relacionamento profissional e pessoal.

A área que está assumindo na revenda - que tem já um reputação muito boa no mercado - é considerada a mais fraca da icônica marca de Milwaukee, no Brasil.

Uma crônica deficiência no atendimento pós-venda tem sido a maior reclamação dos milhares de motociclistas que pilotam as máquinas com a marca Harley-Davidson.

João Rodolfo Lajus, Gerente de Pós-Venda, Floripa H-D.
O desafio que João Lajus  - e de toda a equipe que atende os consumidores da marca no Brasil - tem pela frente é significativo: falta de peças, custo elevado, atraso em recalls, para mencionar os mais importantes.

Mas da mesma forma que a Floripa H-D tem se destacado no atendimento e relacionamento com os harleyros, caberá ao João reforçar a área do Pós-Venda, colocando-a em níveis de maior aprovação dos pilotos que tem com a marca um relação de paixão.

Boa sorte, João. Muito sucesso nesta empreitada!

Lei de trânsito: serve para o que, mesmo?


Leio na Internet sobre um acidente de trânsito no Rio de Janeiro, com uma vítima fatal. Mais uma.

Vai fazer parte dos mais de 50.000 mortos, todos os anos, no trânsito brasileiro.

Mas o que me chama atenção, além da morte de um cidadão, é o fato de que o motorista do veículo ter 70 multas de trânsito, nos últimos 5 anos, 14 delas por dirigir embriagado.

Vejam bem, o sujeito tem 240 pontos na carteira de habilitação. 240 pontos!

Mas continua dirigindo, sem problema.

Será que tem Departamento de Trânsito no Rio de Janeiro? Polícia? Juízes?

Afinal, lei serve para alguma coisa? Aparentemente no Brasil depende de quem fere a lei . . .

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Ultra Limited: susto! - Atualização

A Pérola Negra no reboque, pronta para seguir para Florianópolis
O SAC da Harley-Davidson do Brasil foi acionado hoje de manhã e em menos de 2 horas o reboque estava em frente ao meu edifício para retirar a minha Ultra Limited (Pérola Negra) e levá-la para a Floripa H-D, em Florianópolis. Muito eficiente, o atendimento.

Conversando com o pessoal da concessionária, fui informado de que um engenheiro da H-D do Brasil estará em Florianópolis para avaliar o problema do desaparecimento do óleo no motor 103 cu.in da motocicleta.

Uma das possibilidades é que tenha ocorrido alinhamento dos anéis de segmento do pistão, permitindo que o óleo lubrificante seja expelido junto com a descarga do motor. Segundo pesquisei, o alinhamento é um fator que aparece mais comumente em motor com carbonização da cabeça do pistão. É muito raro sua ocorrência em um motor de baixa quilometragem, como é o caso da minha Pérola Negra (apenas 10.118 km rodados), mas pode acontecer.

Este alinhamento provoca:
  • Consumo excessivo de óleo do motor;
  • Batidas dentro do motor (saia do pistão);
  • Engripamentos por fadiga dos anéis;
  • Rompimentos do filme de óleo nas paredes dos cilindros, gerando superaquecimentos;
  • Espelhamento dos cilindros por haver muito carvão na cabeça do pistão;
  • Perda de potencia do motor;
  • Aquecimento do motor;
  • Dificuldade na partida;
  • Consumo maior de combustível;
  • Contaminação do óleo do motor;
  • Perda de compressão;
Não observei nenhum dos sintomas acima, além do consumo do óleo.

Um outro Harleyro aqui da região também teve um problema semelhante, agravado pelo fato de ter feito uma viagem relativamente longa com o motor nestas condições. O problema exigiu a substituição de vários componentes de um dos cilindros, o que está sendo realizado pela Harley-Davidson, dentro da garantia.

A Pérola Negra na Floripa H-D, trocando experiências com a Sweet Blue,
do João Rodolfo Lajus, Coordenador de Pós-Venda da concessionária.
Imagino a preocupação da Motor Company com estes fatos, já que o motor 103 cu.in está sendo equipado em várias famílias de motocicletas Harley-Davidson.

Estou confiante que a Harley-Davidson fará tudo o que for necessário para reparar o problema e evitar que isto ocorra outra vez.

Atualização em 22/8/2015: a Pérola Negra já sendo examinada na Floripa H-D.




Veja também: Ultra Limited: susto!