quinta-feira, 16 de março de 2017

Aeroportos privatizados: será que vão melhorar?


Foi encerrado hoje, 16/3, o leilão dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis, o primeiro certame de concessões de infraestrutura de transportes do atual governo federal.

O governo conseguiu arrecadar um valor global de R$ 1,459 bilhão, a ser pago nas assinaturas dos contratos de concessão. Isso corresponde a um ágio de 93,7% em relação ao montante mínimo inicial previsto de R$ 753,5 milhões.

Considerando o valor total que os futuros concessionários deverão pagar ao longo dos 30 anos de contrato, o montante fixo de outorga é de R$ 3,7 bilhões, o que representa um ágio de quase 25% em relação aos R$ 3 bilhões inicialmente planejados. 

Isso sem contar os montantes variáveis, que serão pagos ao governo federal pelos concessionários no futuro, em porcentual da receita gerada.

Operadores europeus levaram os quatro terminais. A alemã Fraport conquistou dois deles, Porto Alegre e Fortaleza. 



A francesa Vinci Airports ficou com Salvador, ao oferecer R$ 660,9 milhões, o que corresponde a um ágio de 113% ante o valor mínimo de R$ 310 milhões. 


Por fim, a suiça Zurich ficou com o terminal de Florianópolis, com um lance de R$ 83,3 milhões, o que corresponde a um ágio de 58% ante um valor mínimo de R$ 52,7 milhões.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os quatro aeroportos operam atualmente 11,6% dos passageiros, 12,6% das cargas e 8,6% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro.

Nenhuma empresa brasileira foi contemplada. 

Vamos ver se realmente melhora a qualidade dos serviços, em muitos casos abaixo da crítica, que os usuários vem recebendo nestes aeroportos.

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