sexta-feira, 4 de maio de 2018

Harley-Davidson: vendas nos EUA vão de mal a pior


2018 Harley-Davidson Road Glide
Mais um trimestre com vendas abaixo do esperado para a Motor Company.

As vendas nos EUA caíram 12% no primeiro trimestre de 2018 e 7% em todo o mundo. O aumento de 8% nas vendas na Europa ajudaram bastante, mas não o suficiente para fechar os primeiros três meses do ano com crescimento. E o mercado americano é o que realmente interessa, pois representam 60% das vendas totais.

No relatório aos acionistas, os executivos da HDMC continuam afirmando que vão corrigir esta situação e garantir o retorno do investimento. Ainda que o resultado das aludidas correções não se transformaram em números, os executivos garantem que vão refinar a estratégia, ainda que não digam como.

A queda nas vendas tem sido constante desde o final de 2014
Os problemas que a Harley-Davidson está enfrentando nas vendas domésticas não são somente seus. O mercado de motocicletas acima das 600 cilindradas diminuiu mais de 11% de janeiro a março de 2018, assim o resultado da montadora de Milwaukee foi só um pouco pior que o mercado, em geral.

O que preocupa muito os investidores da HDMC é o crescimento da Indian Motorcycle, que tem demonstrado um crescimento constante em suas vendas, apesar das retraimento do mercado.

O CEO da Harley-Davidson, Matt Levatich, continua sem dizer com todas as letras qual o plano que a Motor Company tem para reverter este quadro. Ele afirma que a H-D vai trazer 2 milhões de novos motociclistas para as estradas - com seu programa de treinamento - e que lançará 100 novos modelos, além de aumentar as vendas internacionais para atingir 50% do total de vendas da marca. Um tiro de longa distância!!!

Mas este parece ser o desafio principal da Harley-Davidson. A marca não tem oferecido motocicletas que apresentem um atrativo forte para a nova geração de pilotos. Ao mesmo tempo seus tradicionais e fiéis clientes estão levando mais tempo para trocar de modelo ou, simplesmente, estão mantendo sua motocicletas sem troca.

Os modelos Street 500 e Street 750, lançadas no passado recente com a intenção de atrair novos motociclistas, não estão tendo o resultado desejado. É verdade que este segmento teve uma retração de 30% nos últimos 12 meses; crescer nesta conjuntura seria um milagre de vendas.

A Motor Company continua sendo atacada também por outros concorrentes no EUA, especialmente a Royal Enfield, que mira a porção menos dispendiosa do mercado, além da tradicional Honda.

Continuando firme na posição de líder do mercado, a Harley-Davidson Motor Company insiste em ser um marca premium, firme em seu nível de preços e sem oferecer descontos, como todos os seus concorrentes estão fazendo. 

A receita total tem demonstrado a eficiência da estratégia, com um crescimento de quase três porcento. O aumento nos preços das motocicletas equipadas com o novo motor Milwaukee-Eight tem garantido um crescimento no valor das vendas, mas até quando os seus clientes continuarão sustentando um nível de preço tão alto?

A primavera no hemisfério norte sempre foi o ponto alto de vendas da Harley-Davidson nos EUA e Canadá, mas o primeiro mês se mostrou extremamente decepcionante. A expectativa é que no segundo trimestre a vendas tenham uma queda no volume, comparado a igual período de 2017.

Vamos aguardar para ver.

13 comentários:

  1. Também foram inventar moda, com modelos que parecem japoneses, deixando de lado a tradição pra mirar em consumidores hipsters e lacradores. Enquanto isso, a Indian vai crescendo com modelos tradicionais e sem muita firula. A Fat Boylevard com cara de Suzuki e a nova Fat Bob com jeito de V Max, que belo tiro no pé H-D. Espero que revejam estes conceitos.

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    1. Você é justamente o cara velho que está ajudando afundar a marca. Eu sempre tive japonesas e após o lançamento da fatura Bob 2018 considero pela primeira vez ter uma Harley

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    2. a fat bob 2018 ficou uma bosta, horrível!

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  2. Ultimamente as Harley andam meio esquisitas mesmo. Estão mais pra japonesas do que americanas. Sou mais a velha escola

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  3. Sem contar que deixaram de ser confiáveis desde 2008. Te deixam na beira da estrada por qualquer bobagem...por isso casei com a minha 2000 carburada.

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  4. Estão querendo U Q, especialmente no Brasil ? País em crise financeira, sabe-se lá até qdo. É só abaixar a bola, dar um bom desconto, que as usadas serão trocadas por novas. Simples assim. É melhor ganhar menos que nada !!!!!
    Indian crescendo ??? Kkkkkk

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    1. Indian crescendo nos EUA:
      https://www.popularmechanics.com/cars/motorcycles/a19170629/indian-motorcycles-is-coming-for-harley-davidsons-throne/

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  5. Crise mundial, tem que cortar custo e lançar moto que custe a partir de 25.000,00.Quanto aos modelos novos, tem harley pra gosto old School e Harley pra quem quer fugir das japonesas.Não adianta os old School virem com mimi, a marca tem que crescer,pra sustentar nossos cafés da manha,e nossa filosofia de vida, porque harley não é moto, é uma família que mora na estrada e cultua a estrada nos encontros informais nas cidades.

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  6. Eu tenho harley, mas entrei no mercado da ducati e nao me arrependo. Moto muito superior, ainda preservo o desejo de manter a HD, com certa relutância em comprar novos modelos. Essas 2018 softail foram um tiro no pé. Mudaram para pior.
    Fora os cafés da manha, agora cobrando carterinha do hog, esta muito segregado.
    Boa sorte HD...

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  7. A aposta da Indian foi correta: oferecer um produto de alta qualidade, americano, com pacote de life style e mantendo a tradicao. Por outro lado investiu na Scout pro publico mais jovem, com modernidade e investimento grande no flat track, onde ganhou tudo o que pode de ponta a ponta do campeonato norte americano. A HDMC acordou tarde e ofereceu um produto muito controverso pra ocmpetir, apostando na modernidade e em designs mais arrojados porem nao se arriscou menos em tecnologia concorrencia, mantendo a transmissao por corrente e quadro de aço. Acredito que novas motos surgirão em breve de ambos os lados pois a Harley precisa se recuperar e a Indian quer manter este ritmo frenetico de crescimento. Quem ganha somos nos, que gostamos de motos americanos.

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  8. Pregando pra convertidos: a politica HD tem sido fechar-se em grupinhos de convertidos e formando "panelinhas" que desdenham de outras marcas ou modelos. Resultado; o rabo esta abanando o cachorro. Exemplo disso: HOG.

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  9. A HD. Tem que voltar a ser confiável. A minha e 2014. 9 mil km. Outro dia .apagou o motor em movimento. Fiquei na merda no trânsito em movimento. Sorte que apertei a embreagem e liguei e voltou a funcionar. Cheguei em casa acionei o reboque mandei pra autorizada RJ. Me falaram que foi um mau contato elétrico. Em uma HD semi nova e brincadeira .HD Brasil ...kkkkkkkkkkkkkk....

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  10. A minha é uma Heritage 2004 5 marchas , 1450cc, tá com 110 mil km, doce e macia como uma HD deve ser... já tive varias! Mas essa é minha verdadeira HD! Prá viajar com a esposa tenho uma moto moderna e confortável , que responde muito bem e não vibra! Uma Ultra 2017. Queiram ou não, HD é evolução, uma marca premium sim.

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